---Você
é daqueles que não admite conversar
sobre você mesmo?
---Não
gosta de “pensar”, porque isso às vezes dói?
Então
imagino que não lerá as linhas abaixo.
Mas gostaria de lhe dizer que não lhe custará
nada, e o maior trabalho que vai fazer é gastar
um pouquinho de seu tempo. Quem sabe venha descobrir
que temos coisas em comum. Que somos praticamente...
iguais.
---
Vamos lá?
Os
seres humanos têm a mania de querer ser melhor
em tudo. Não gostamos de admitir que somos
imparciais, que somos falhos em nossas avaliações.
Enfim, somos humanos e somos os melhores em tudo.
Sabemos tudo... Queremos ser o centro das atenções,
o centro do mundo, o centro do Universo. Somos GRANDES.
---
Será ?
Na
vida nem tudo é real. Às vezes pode
ser um sonho. Um sonho que se repete todos os dias,
com aventuras diferentes. Louco, não é?
Dê uma olhada com mais atenção
nesta primeira frase, e verá que posso ter
razão. Vivemos em um sonho. Perdidos numa grandeza
universal sem tamanho e cheia de incógnitas.
Para evitar algum mal entendido, é bom frisar
que o nosso papo será feito de simples conjecturas
de cada um, mas apimentadas com um pouco de realidade
do que vivemos. É mais conversa de pessoa para
pessoa tentando levar ao outro o seu modo de ver as
coisas que o cercam.
Aliás,
este início é só para estabelecer
uma frente de diálogo. Uma maneira de ligação
com o final da história. Não há
vinculo com religião, dogmas, seitas... nada.
Observações da vida somente.
Também
não é sobre esoterismo, extraterrenos,
( apesar deste tipo de assunto estar sempre na moda)
ou do fim do mundo. ( A propósito, para seu
sossego, o mundo não vai acabar! Graças
a Deus!! ).
Não
verdade a conversa é sobre uma constatação
das nossas fraquezas; das nossas pequenas e grandes
vilanias, e a insensatez de perceber o óbvio:
A vida.
O que vamos falar é baseado na Lógica
e na Matemática. ciências puras e reais.
Somos fracos em valores pessoais, e por mais que queiramos
ser diferentes, somos pequenos em relação
ao universo. Menores ainda, se duvidarmos desta grandeza.
Tenho
sido um admirador da natureza. Talvez este fato esteja
ligado a esta mania de escrever sobre o que penso,
e que faço. Sempre que a alguma coisa me atiça
a curiosidade, incomoda ou mexe comigo, depois de
fazer um exame isento de tudo quanto é influencia
de hábitos ancestrais, ou até o óbvio
demais, levo este problema para um papel. É
uma forma de guardar o resultado de um raciocínio,
para consulta posterior; mania de querer passar para
os outros, como agora, uma informação
que todos procuramos. O que importa é que vou
acumulando estas crônicas que, quem sabe, algum
dia poderá servir, pelo menos, como informação
ou complemento de leitura, neste mundo de trevas.
Escrever,
colocar no papel o que sentimos ou imaginamos, ajuda
descobrir outros tipos de pessoas que existem dentro
de nós. Comigo não é diferente.
Às vezes existem pessoas tão estranhas
dentro de mim, que me surpreendo com o que elas fazem.
Como
disse anteriormente, não sou diferente de ninguém.
Em todos nós existe este tipo de divisão.
Em alguns ela é mais acentuada, mais ativa,
como no meu caso, e neste momento é que descobrimos
a existência delas. Isto faz aflorar os sentimentos,
e abrirem as portas que, às vezes, permanecem
fechadas por toda uma vida, para outras pessoas.
Muitas
vezes quando elas conseguem decifrar esta multidão
que tem dentro de si, está no final de suas
vidas, e aqueles olhos cansados já não
podem usufruir deste prazer.
Gosto
de ver as pequenas coisas da vida. Gosto de ver os
pequenos seres, invisíveis aos nossos olhos,
que transitam em nossa roda, e que às vezes
são esmagados por pés cegos e insensíveis;
Fragrâncias soltas ao vento que passam por nós,
nos convidando a sentir a natureza. De onde veio este
prazer de sentir todas estas coisas, eu não
sei. Deve ser de outro “Valdir” que vive comigo.
Da
mesma maneira que vejo o pequeno, o invisível,
vejo o oposto. Num céu imenso imagino um Universo
sem fronteiras. Um universo insondável que,
mesmo querendo imaginar o seu tamanho para avaliá-lo,
não conseguimos ter uma amostra desta forma.
Do seu tamanho. O problema é que nós
que estamos acostumados a “ver” somente coisas que
podemos " pegar” ou "sentir”.
Imagine
um ovo . Bastou citar a palavra ovo que o seu cérebro
disponibilizou todos os tipos de “ovos” que você
conheceu, leu, viu ou comeu
Do
ovo, conhecemos todos os tipos; sabemos seus pesos,
como pegá-los, suas resistências, como
fazê-los e tudo a respeito dos seus conteúdos...
Do
céu, do Universo , sabemos que é grande,
mas... quanto?
Não
gosto de ficar sem respostas. As perguntas sem respostas
ficam martirizando o pensamento, infernizando a vida
da gente. Querem solução. Não
descansam a mente enquanto não as resolvemos.
O fato de saber que o Universo é grande, incomensurável,
etc... e tal, não é o suficiente para
calar estas perguntas.
Precisava
achar o tamanho.
Às
vezes pequenos detalhes, pequenos sinais, podem nos
ajudar a entender uma porção de coisas
ou até explicar outro fenômeno maior.
É a ordem do inverso.
Outro
dia estava lendo uma reportagem a respeito do tamanho
do átomo e fiquei fascinado com a resposta
dada pelo repórter.
Dizia
ele que, se tomássemos a letra "o"
da palavra átomo , como a que está escrita
aí atrás, e a colocássemos em
uma lente de aumento que ampliasse a sua imagem para
dois quilômetros de diâmetro, e aí,
pegássemos aquela letrinha, aquele " o
" que falei antes da ampliação,
e o colocássemos dentro daquela imagem de dois
quilômetros de diâmetro, aí sim,
teríamos o tamanho de um átomo.
Para
mim foi a primeira vez que pude, ao menos, ter uma
idéia do tamanho de um átomo. Fiquei
encantado com a definição. Pelo menos
para o meu subconsciente o átomo desde aquele
dia não é mais segredo. Sei o seu tamanho.
Pois
bem! Agora que sabemos o tamanho de um átomo
acho que estamos aptos para ter uma idéia do
tamanho do UNIVERSO (veja estou destacando a palavra,
colocando-a em letras maiúsculas, para, depois
de sabermos o seu tamanho, conseqüentemente,
termos uma idéia do nosso tamanho. OS GRANDES
).
Primeiro
vamos analisar o que sabemos à respeito do
nosso planeta. São milhares de quilômetros
de extensão, mares, oceanos, rios, florestas
e... por que não dizer, cheio de ... "
grandes”. Bilhões deles.
É
tão grande que gasta 24 horas para dar uma
volta sobre si mesmo. É bom frisar que esta
“voltinha” é feita a 36.000 quilômetros
por hora. Use uma calculadora para fazer esta conta.
Desta maneira você vai saber o tamanho da Terra.
Saber de um jeito que sabe visualizar. Quilômetros
.
O
quilômetro é uma medida que temos mentalmente
definida e desenvolvida desde a infância. Com
ela poderemos determinar, pelo menos hipoteticamente,
o tamanho do planeta.
No
nosso sistema, o Sistema Solar, até bem pouco
tempo atrás existia nove planetas descobertos,
agora virou uma confusão. Tem planeta que foi
rebaixado de categoria e passou a ser Meteoro. São
muitas opiniões. Por isso mesmo vamos continuar
com os nove planetas.
A
Terra é um dos menores planetas deste conjunto,
do Sistema Solar. Júpiter, por exemplo, um
dos nove planetas, tem uma massa trezentas e dezoito
vezes maior que a Terra e onze vezes o seu diâmetro
. Tem doze satélites. É tão grande
que, basta lembrar que em 1994 quando caiu aquele
meteoro lá em Júpiter, ele fez um "buraquinho”
do tamanho da Terra. ( imagine se fosse aqui!! ) Aí,
dentro do nosso próprio Sistema Solar, onde
vivemos com outros planetas, você vai descobrir
que somos quase que formigas, em relação
ao tamanho da maioria deles.
Mas,
vamos continuar a nossa viagem. O nosso Sol, gigante
de fogo, que nos aquece, e que está a muitos
milhões de quilômetros de distância
de nossa casa, possui nove planetas de tamanhos diferentes
que giram ao seu redor. Seus raios, viajando à
velocidade da luz, levam oito minutos e meio, para
chegar até a Terra .
O
que chamamos de Sistema Solar é imenso. Imagine
essa imensidão ao lembrar que sonda, a Voyager
, que foi lançada para cruzá-lo e levou
quinze anos para atravessá-lo. É distância
para ninguém botar defeito.
Não
dá nem para pensar nestes tamanhos quando falamos
de grandezas iguais a Júpiter, Saturno, ou
mesmo o Sol.
Agora
imagine que este Sol, o nosso GIGANTE, está
dentro de outro conglomerado de estrelas, algumas
maiores que ele, que é chamado de Via Láctea.
E que ele, o GIGANTE, dentro deste conjunto de estrelas,
é menor que um GRÃO DE AREIA. ( Se for
comparar não escolha um grão de areia
muito grande, pois pode perder na conta em alguns
trilhões de quilômetros e errar na conta)
.
Pois bem! Vamos pensar assim:
O
Sol, e todo o sistema solar, virou um grão
de areia dentro da via Láctea, e nós?
Nós do Planeta Terra o que viramos?
Mas
vamos continuar. A aventura ainda não terminou.
Dentro
deste conjunto de estrelas, chamado Via Láctea
, nós e a Terra inteira, ( já PEQUENINOS
X PEQUENINOS) convivemos com outras estrelas e outros
milhões de sistemas solares iguais ao nosso.
Nessa
hora descobrimos que a nossa maneira de medir usada
até aqui, baseada em QUILÔMETROS como
referencia, fica inviável quando vamos falar
de distâncias se referem aos corpos celestes,
por isso passaremos a utilizar o ANO LUZ como referencia.
Para
sua informação a nossa Via Láctea
tem 100.000 (cem mil) anos luz de extensão
.
---
Veja bem! Eu disse 100 mil anos Luz.
Falávamos
em quilômetros quando queríamos determinar
uma certa distância dentro do nosso “mundinho
pequeno de imaginação”, isso só,
já era muito longe. Mas para medirmos a nossa
Via Láctea, vamos utilizar outra medida de
distância: o ANO LUZ .
Então,
para saber o que é um ano luz você vai
precisar saber qual é a velocidade da luz,
e, depois, multiplicá-la até chegar
a um ano luz. Ou seja: a distância que ela percorre
viajando à velocidade de 360.000(trezentos
e sessenta mil) quilômetros por segundo.
---
Ufa!!! 360.000 por segundo?
---
Sim. É só piscar o olho e ela já
viajou 360.000 quilômetros . Já foi...
Então,
agora que sabemos o que é a velocidade da luz,
vamos saber o que é UM ANO LUZ .
É
simples:
Sabemos que um minuto tem 60 segundos. Então
vamos começar multiplicando esses 60 segundos
por 360.000, que é a velocidade da luz para
sabermos o que é um minuto luz.
60
x 360.000
MINUTO/LUZ
60 X 360.000 = x
X então será usado
para representar um MINUTO LUZ.
( Não vou colocar valores aqui. Só vamos
utilizar os SÍBOLOS como referências.)
Agora
que sabemos o que é umMINUTO/LUZ
( X), vamos
multiplicar este resultado por 60 minutos da hora,
para sabermos o que é:
UMA
HORA /LUZ
X X 60 = XH
Então,
seguindo o nosso raciocínio, essa HORA LUZ
passará a ser conhecida por XH
agora,
vamos USAR ESSE RESULTADO ( XH) para calcular
UM DIA/ LUZ
XH X 24 = DL
Desta
maneira UM DIA LUZ SERÁ IDENTIFICADO por DL
Agora
só falta multiplicar
o DLpelos 365 dias de um
ano para sabermos o que é:
UM
ANO LUZ
DL x 360 = 9.500.000.000.000
KM
O
resultado, meu amigo, é o número 9 seguido
de um número 5 e mais 11 zeros.
9.500.000.000.000
( nove trilhões, e quinhentos bilhões
de quilômetros)
Depois
de fazer esta “continha” fica mais fácil! É
só multiplicar o resultado por 100.000 , que
você vai saber o tamanho da Via Láctea
.
9.500.000.000.000 X 100.000 = ???
Não sei se conseguiríamos escrever e
ler este número!
e
número que você encontrou, é o
tamanho da nossa Via Láctea em quilômetros!
( Tomara que encontre, eu não consegui! )
---
Bem grandinha, não??
Agora
imagine que a nossa Via Láctea está,
juntamente com outras Vias Lácteas ou Galáxias,
( eu disse: outras Vias Lácteas e Galáxias!
) milhões delas, dentro um outro conjunto de
estrelas que chamamos de UNIVERSO!
U
N I V E R S O
É
bom você parar de fazer contas. Não vai
conseguir enxergar tantos zeros. E
aí, concorda comigo quando digo que somos GRANDES???
Pense
um pouco sobre isto e tente se colocar dentro destas
medidas. Tente “ visualizar o seu tamanho”.
Será
que já não é hora de parar de
querer ser GRANDE , pensar um pouco na beleza de tudo
que lhe cerca e que recebeu de graça e, quem
sabe, ser mais humilde mais humano e principalmente,
dedicar, pelo menos desta vez, um pensamento de agradecimento
ao Ser Supremo que criou tudo isto, que por falta
de outro nome O chamamos de DEUS .
Agradecer
a ELE por ter gastado um infinitésimo de segundo
do seu tempo, para dedicar a você. Por ter criado
tudo isto para você.
O
grande.
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